Nos últimos anos, testemunhei uma mudança significativa no critério de seleção de profissionais. Enquanto antes a ênfase recaía sobre qualificações acadêmicas e experiência, hoje, o número de seguidores em redes sociais parece ser determinante .
Será que o número de seguidores traduz a qualidade profissional? Será que postagens glamourosas que passam conceitos luxuosos e de poder, são suficientes para qualificar um profissional ou uma empresa?
Em 2023, foi divulgado um caso de uma mulher que utilizava o CRM de uma médica que possui o mesmo nome. No entanto, a suposta médica tinha muitos seguidores no Instagram, diferente da médica verdadeira. Por isso, a falsa médica ganhou tanta notoriedade, ficando com agenda cheia. Felizmente a farsante foi descoberta e presa pelo crime.
Em contrapartida, também temos profissionais excelentes no mercado, que estudaram por contra própria, sem diplomas universitários que aprendem sozinhos, o que popularmente chamamos de autodidatas, que podem ser competentes no serviço que se propõe a prestar. E nesse caso, eles podem ter ou não muitos seguidores em mídias sociais.
Entre as chancelas acadêmicas, autodidatas competentes, números de seguidores, lidamos com promessas e títulos de especialistas irreais, muitas vezes cenários criados para impressionar, fazer falsas promessas. Quase que de maneira inconsciente realizamos buscas nas redes para saber sobre um determinado profissional, principalmente quando não temos uma indicação pessoal e o que consideramos na tomada de decisão?
Mas o que verdadeiramente chancela um profissional de qualidade? Talvez pensar fora da caixa te leve muito mais longe do que um diploma.